quinta-feira, 6 de março de 2014

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A ESCRITA DA HISTÓRIA



A PARTIR DA CITAÇÃO DE CARLO GINZBURG:


«O conhecimento histórico 
é indirecto, indiciário, conjectural» 


É possível encontrar um sentido explicativo para as acções humanas ao longo do tempo? É pertinente falar-se, ainda hoje, de oposição entre ciências da natureza e ciências humanas? Estas reflexões foram suscitadas por um texto de Carlo Ginzburg[1] que escava na história das ideias e isola o conceito de “indício” como base de um modelo de conhecimento operativo para áreas como a Medicina e a História. Qual o lugar deste modelo no estado actual das ciências históricas?

Comecemos por uma digressão prévia para indagar a validade, as características e os limites do conhecimento[2] histórico, bem como dos métodos para o atingir. Não são problemas novos, vêm sendo abordados há muito. Foi sobretudo com o incremento das ciências naturais no século XIX e as propostas positivistas para o estabelecimento de bases científicas universais que a história passou do patamar narrativo elementar para a abordagem das grandes linhas da evolução do homem em sociedade. Foi o tempo das extensas obras históricas, tributárias da crença de que a exaustividade descritiva que tudo abarcasse seria a base suficiente para o conhecimento científico do passado. Historiadores como Ranke, estabelecem o primado do acontecimento como objecto de estudo da História. Ao historiador compete procurar e inventariar todos os documentos disponíveis a partir dos quais será possível chegar ao conhecimento histórico neutro, objectivamente descrito. «O historiador apenas se propõe descrever as coisas tal como se passaram»[3]. Esta concepção partia da premissa de que o passado seria inteiramente cognoscível e inteligível se dele fosse possível recuperar todos os acontecimentos considerados importantes e colocá-los perante o olhar, à maneira de fotogramas. Daí a elaboração de grandes colectâneas de documentos antigos, de que o Portugaliae Monumenta Historica de Herculano é um bom exemplo. Mas esta era uma prática redutora: não é por se ter disponível um manancial de dados que entenderemos o sentido da sua existência, como acreditavam os positivistas. Esta simples constatação determinou uma inflexão em todas as ciências, em que se incluiu a história, a que Joaquim Barradas de Carvalho chamou de «revolução epistemológica» que «transportou todas as ciências de uma epistemologia com base no conhecimento sensível para uma epistemologia com base no conhecimento inteligível»[4]. E Herculano que havia garantido a preservação de milhares de documentos dispersos por cartórios e conventos de todo o país, foi o primeiro a pôr em prática uma «História crítica de Portugal»[5].

Todavia, a história tem uma história muito mais longa. Desde sempre os homens sentiram necessidade de deixar testemunho para os vindouros, como se quisessem garantir um lugar na história que viesse a ser feita no futuro. Esse é o significado primitivo do monumento[6], tal como Trajano o perpetuou na célebre coluna. A história escrita, nascida com Heródoto, inicia com Tucídides o caminho da inteligibilidade racional que será retomada, muitos séculos depois, pela historiografia alemã oitocentista, fundadora da moderna ciência histórica.[7]O percurso dos que escreveram história ao longo dos séculos passou pela intencionalidade glorificadora do poder, deteve-se na crença de que ela poderia ser mestra da vida e moralizadora de costumes, anunciou-se como «clara certidão da verdade» e foi, até, entretenimento de cortesãos e dos próprios historiadores. É patente, desde pelo menos o séc. XVII - com Mabillon e Espinosa, entre outros -  a preocupação pela crítica do documento como fonte histórica, o que levou Marc Bloch a escrever que «desde então as regras essenciais do método crítico estavam, em suma, fixadas»[8]. O que significa que a história não tinha de se adequar ao paradigma da metodologia científica aplicada às ciências ditas exactas porque já havia encontrado o seu próprio caminho.

Mas não foi um caminho ameno. A complexificação da vida em sociedade supõe formas equivalentes de a analisar. A sociologia desbravou mato por todo o séc. XIX e entrou no seguinte com o equipamento necessário à análise social. Podemos dizer que a história evoluiu em paralelo como uma sociologia do passado humano. Mas se assim foi, por que razão continuou a ser, durante tanto tempo, objecto de controvérsia, ou, até, uma fonte de equívocos[9]?

J. Le Goff aborda esta questão a partir do que ele chama «Paradoxos e ambiguidades da história»[10]. Desde logo porque a palavra história pode ter três significados: o que aconteceu, o relato do que aconteceu e uma ficção que nunca aconteceu. A afirmação da história como disciplina das ciências humanas e a defesa da sua cientificidade confronta-se com esta ambiguidade que está no centro das teorias da história, desde Benedetto Croce a Collingwood. Alguns historiadores do séc. XIX, como vimos, acreditaram na possibilidade de uma história exaustiva e objectiva, aceite por todos como o eram os axiomas matemáticos. Outros, como Marx, partiram da análise dos dados disponíveis e julgaram ter encontrado as leis que explicam toda a evolução histórica. Era a afirmação de uma história racional, a opor àqueles que teimavam em não lhe reconhecer um estatuto científico pleno. A primeira metade do séc. XX, com a brutal emergência dos nacionalismos e a expansão das experiências políticas fundadas na visão marxista, foi determinante para a evolução decisiva da forma de escrever a história e responder, pela positiva, aos seus detractores. Foram os historiadores dos Annales, em França – com destaque para Lucien Fevre e Marc Bloch - que, a partir dos anos 30, pugnaram decisivamente contra o pressuposto teórico de irmanar a história com as ciências da Natureza, afirmando a especificidade do seu objecto de estudo contra as pretensões neo-positivistas do Círculo de Viena. A história, mais do que estudo do passado, é «a ciência dos homens no tempo», como escreveu Marc Bloch, feita por homens a partir das perspectivas do seu próprio tempo. Por isso «o passado é uma construção e uma reinterpretação constante»[11] e ao historiador compete tanto descrever como compreender.

Estava aberto o caminho para o que veio a chamar-se a Nova História que «é, antes de mais, uma história sempre nova»[12]onde cabem não só os grandes temas tradicionais da política, da evolução económica e dos movimentos sociais como também os das mentalidades, dos grupos minoritários e todos os recantos da vida quotidiana, desde o consumo ao corpo, da sexualidade à vida privada.

Esta evolução – já referida como pan-historização ou história bulímica[13]- tem potencialidades positivas ou negativas consoante a qualidade das abordagens. Jacques Le Goff alerta para os perigos de uma história anedótica, alimentada pela frivolidade das descrições superficiais destinadas a um público ávido e pouco exigente.[14]Aponta como alternativa a contextualização dos estudos do quotidiano «no seio de uma análise dos sistemas históricos, que contribuam para explicar o seu funcionamento».[15]

É neste ponto que introduzo a citação de Carlo Ginzburg, retirada de um texto incluído numa colectânea do mesmo autor[16]:

«Mesmo que o historiador não possa deixar de se referir, explicita ou implicitamente, a séries de fenómenos comparáveis, a sua estratégia cognoscitiva assim como os seus códigos expressivos permanecem intrinsecamente individualizantes (mesmo que o indivíduo seja um grupo social ou uma sociedade inteira). Nesse sentido, o historiador é comparável ao médico, que utiliza os quadros nosográficos para analisar o mal específico de cada doente. E, como o do médico, o conhecimento histórico é indirecto, indiciário, conjectural.» 

Apesar de publicado muitos anos depois da primeira revolução dos Annales o seu autor ainda sente necessidade de se referir à velha querela: «talvez possa ajudar a sair dos incómodos da contraposição entre “racionalismo” e “irracionalismo” – diz na introdução do texto intitulado «Sinais, raízes de um paradigma indiciário». Este pequeno ensaio é um exercício de erudição em torno do conceito de indício de que o autor encontra exemplos em múltiplas referências históricas. O primeiro é um método usado por um crítico de arte, G. Morelli, que consistia na atenção prestada aos pormenores na apreciação de quadros de pintura, com o intuito de descobrir a sua autenticidade. Determinados indícios, resultantes de características aparentemente pouco importantes, eram decisivos para a atribuição da autoria. C. Ginzburg (CG) mostra como este método indiciário teve uma enorme importância para Freud e a sua psicanálise e, paralelamente, chama a atenção para as tramas policiais de Conan Doyle. Em todos os casos estão médicos envolvidos e é notório que o hábito e a necessidade de diagnosticar doenças a partir de sinais, indícios ténues, levou-os a alargarem tal método a outras áreas de investigação. CG recua na história e encontra na actividade dos caçadores pré-históricos e nos adivinhos da Mesopotâmia o mesmo recurso à observação minuciosa de detalhes com vista a descobrir pistas de caça ou sinais de acontecimentos futuros. Trata-se, pois, no entender de CG, de uma competência que vem da noite dos tempos, que garantiu durante milénios a sobrevivência humana. Contudo, a afirmação do «paradigma científico centrado na física galileana» desvalorizou esta forma de conhecimento. CG refere que a história, onde não há lugar para a experimentação e a repetibilidade, sempre esteve de fora do paradigma galileano e que foi no séc. XVII que os avanços da historiografia chamaram a atenção para o carácter indiciário do conhecimento histórico – o «método crítico» de que falava M. Bloch, como já referimos, e que Carbonell ilustra exuberantemente na listagem de documentos publicados por toda a Europa nesse século[17].

Para CG o paradigma galileano não se aplica à medicina ou à história, áreas em que o objecto de estudo é iminentemente individualizante. Parece persistir a ideia de fragilidade da medicina, incapaz de alcançar o rigor próprio das ciências[18], ou da história cuja base de estudo é o indivíduo, o homem. Porém, como CG conclui, «este tipo de rigor é não só inatingível mas também indesejável para as formas de saber mais ligadas à experiência quotidiana»[19]. Ele não explica esta afirmação que, fora do contexto de uma obra já vasta, poderá parecer polémica. A verdade é que a prática historiográfica de CG mostra uma preferência que se situa nos antípodas da história tradicional quando escolhe como objecto de estudo a vida de um anónimo moleiro em O queijo e os vermes. Naturalmente, a abordagem metodológica não pode ser a mesma da grande história social, da demografia ou da história económica, ela terá de usar outros meios mais subtis na procura de sinais e indícios que terá de encontrar em fontes muitas vezes inusitadas. Mas podemos perguntar: será este modelo muito diferente do tradicional modelo heurístico-hermenêutico há muito consolidado na historiografia?

Neste ponto consideramos que seria necessário acrescentar que, em história, o método indiciário, só por si, não é fiável. É um recurso em situações de investigação pouco documentadas, em passagens estreitas, em passos mal iluminados, em que a intuição (a firasa árabe que CG refere no final do seu texto) pode desempenhar um papel importante. Mas ela terá de ser confirmada com dados mais complexos e amplos que funcionem como meios de prova posteriores. Caso contrário, como bem diz um leitor esclarecido deste texto, tememos que CG tenha «colocado a historiografia em um campo minado», no qual a «pesquisa se situa na vizinhança do místico, do sagaz, do imponderável, do mágico.»[20]

Uma ideia subliminar em todo o ensaio de CG é a de que a eficácia do investigador/historiador na decifração dos indícios depende da sua competência em ler o que parece oculto e da adesão interior a todo o processo. É bem conhecida a famosa metáfora do caçador que procura os sinais da presa no labirinto da floresta. Só isso lhe permitirá atingir o conhecimento histórico através de conjecturas. Curiosamente encontramos formulações similares em historiadores como Marc Bloch ou José Mattoso, bem distantes da micro-história que usualmente se associa aos estudos de CG. O primeiro tem uma frase que se tornou clássica: «O bom historiador, esse, assemelha-se ao monstro da lenda. Onde farejar carne humana é que está a sua caça.»[21] E José Mattoso numa conferência, em 1986, sobre “A escrita da história”, referiu-se insistentemente à importância dos indícios: «Nada daquilo que se quer conhecer existe já. Só o podemos apreender por meio de indícios dispersos…»[22]. E mais adiante: «O esquema orientador deste trabalho não é apenas de natureza científico, ou seja, lógico, racional e discursivo. Tem de se inspirar também nos processos da imaginação e da perspicácia. É preciso detectar as anomalias, fazer falar indícios mudos…»[23]. Mattoso diz também que esta capacidade de decifração implica uma mobilização interior - «exercício contemplativo» - e poética: «a observação atenta do real, da ‘espantosa realidade das coisas’, como diz Alberto Caeiro»[24].

Em conclusão, podemos dizer que hoje parece ultrapassada a antiga e muito debatida oposição entre metodologias. A complexidade do mundo em que se insere a natureza e a história dos homens requer formas diferenciadas de o estudar e explicar. Os métodos devem adaptar-se aos objectos de estudo e não o contrário. A historiografia actual dispõe hoje de um manancial quase infinito de recursos metodológicos que não suporta a menorização que porventura lhe queiram atribuir – de que são exemplo certas concepções irracionalistas surgidas com o chamado pós-modernismo. Qualquer manual de teoria da história – ou até de filosofia – enumera os passos do método histórico, desde a heurística à crítica dos documentos e à elaboração da síntese – reforçados com o enorme desenvolvimento das chamadas disciplinas auxiliares da história.

Mas tais recursos nada são sem o homem que os utiliza, à semelhança, aliás, de qualquer outra disciplina científica. E apesar deles, continua a ser imprescindível a capacidade para discernir, perscrutar, imaginar, pôr hipóteses. E chegar ao conhecimento histórico a partir de metodologias adaptadas a cada área de estudo, seja o moleiro de CG ou a identificação de um país, de José Mattoso.








[1] GINZBURG, Carlo – Sinais, raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, emblemas, sinais. Morfologia e história. S. Paulo, Companhia das letras, 1991.pp.143-179.
[2] Tomamos o conceito de conhecimento no sentido que lhe é dado pela epistemologia na perspectiva de Bachelard que “instala uma ruptura essencial entre o senso comum e a ciência”.(Cf ANTUNES, Alberto; ESTANQUEIRO, António; VIDIGAL, Mário – Dicionário breve da Filosofia. 4ª ed. Lisboa: Editorial Presença, 2000. p.61)
[3] BLOCH, Marc - Introdução à História. [s.l], Publicações Europa-América, 1974.p. 121.
[4] CARVALHO, Joaquim Barradas de – Da história-crónica à história-ciência. Viseu: Livros Horizonte, colec. Horizonte, nº 16, 1972. p. 54; 89 e sg.
[5] Idem, p. 90.
[6] CHOAY, Françoise – Alegoria do património. 2ª ed. Lisboa: Edições 70, 2013. ISBN 978-972-44-1205-4. p.18.
[7] CARBONELL, Charles-Olivier – Historiografia. Lisboa: Editorial Teorema, 1987. p. 19.
[8] BLOCH, Marc – op.cit. p. 78.
[9] «Estas dificuldades não são vícios de método, são equívocos bem fundamentados.» - diz Paul Ricoeur, citado por LE GOFF, Jacques – História. In: Enciclopédia Einaudi, Memória-História. Volume I, Porto: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985. p. 161.
[10] LE GOFF, J. ob.cit., p. 160 e 162.
[11] Idem, p. 163.
[12] CARBONELL, Charles-Olivier – op.cit. p. 157.
[13] LE GOFF, Jacques –op.cit. p. 242.
[14] LE GOFF, Jacques – A história do quotidiano. In: História e nova historia – DUBY,G.[ et al.] Viseu, Editorial Teorema, 1986. p. 78.
[15] Idem, p. 79.
[16] GINZBURG, Carlo – op.cit. pp.156-157.

[17] CARBONELL, Charles-Olivier – op.cit.. p. 98 e seg.
[18] GINZBURG, Carlo – ob.cit., p.166.
[19] Idem, p.178.
[20] CUNHA, Marcus Vinicius da – História da educação e retórica, ethos e pathos como meios de prova. [Em linha]. Scielo Boooks. [Consultado em 18 Janeiro 2014].p. 18. Disponível em: http://books.scielo.org/id/8w6rd/pdf/silva-9788579831294-02.pdf
[21]BLOCH, Marc – op.cit.p.28.
[22] MATTOSO, José – A escrita da história, teoria e métodos. Lisboa: Editorial Estampa, 1997. ISBN 972-33-1279-4. p.18-19.
[23] Idem, p. 25.
[24] Ibidem, p.18.


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BIBLIOGRAFIA

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