(Tecto da Portaria do Mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa. Tirada da net)
Em certo sentido falar em arte da ilusão talvez seja um truísmo. Na verdade, a arte - uma certa arte - apoia-se na ilusão. Essa é a sua base sensorial, sobretudo depois do Renascimento, com a generalização da perspectiva, amplamente utilizada na pintura, mas também na arquitectura e, até, na escultura.
O que é novo no Barroco é que
este ilusionismo é assumido como mensagem intencional e não apenas como
artifício artístico ou virtuosismo técnico. É uma ilusão levada às últimas
consequências com a adesão simultânea do artista e do observador a este jogo de
aparências. Porque de aparências se trata, aceites e encorajadas, em nome de
uma alegria de viver que esconjura o efémero e a morte.
Talvez por isso o Barroco nos
atraia tanto. Sujeitos que estamos ao minimalismo arquitectónico contemporâneo
em nome de uma lucidez racionalmente desencantada, somos seduzidos pelos jogos
de luz, forma e movimento com que os artistas de setecentos inundaram o mundo.
Na pesquisa de caminhos de
entendimento para esta arte espectacular - porque ao serviço
do espectáculo da criação divina que é o mundo - encontrei este pequeno sítio
onde o autor encontra formas expressivas de a qualificar:
Des angles de visions
insolites, des effets de perspectives, le baroque jongle avecl'espace et
les paradoxes : des personnages qui tombent vers le haut, des corps agités par
des forces surnaturelles, une architecture charnelle, une géometrie lyrique.
Toujours tendue entre matière et esprit, entre ciel et terre, le baroque
privilégie la verticalité.
Un mouvement sans fin, comme une énergie traversant tout l'espace et la matière, des corps sculptés ou peints jusqu'au marbre des colonnes, où l'observateur lui même, de part l'émotion qui le transporte est traversé de cette même énergie primordiale, une force d'origine divine.
Un mouvement sans fin, comme une énergie traversant tout l'espace et la matière, des corps sculptés ou peints jusqu'au marbre des colonnes, où l'observateur lui même, de part l'émotion qui le transporte est traversé de cette même énergie primordiale, une force d'origine divine.
Acesso em linha:http://www.devlopart.com/index.html?search=baroque
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