Boa noite a todos
Nas nossas leituras somos como viajantes que encontram
lugares inesperados que surpreendem e encantam. Há páginas assim nos textos
sobre a azulejaria portuguesa, esse imenso território.
Há dias, na Biblioteca Municipal de Torres Vedras encontrei
um lugar desses[1]. Trata-se de um pequeno catálogo de uma exposição de
azulejos que percorreu várias cidades da Itália e de outros países da Europa,
com uma introdução de G. C. Argan e outros; e um texto de Rafael Salinas Calado
(o primeiro Director do Museu Nacional do Azulejo).
O que quero partilhar com os colegas é este excerto da Introdução de
Giulio Carlo Argan, sobre a azulejaria:
«É uma arte dos pobres, a cerâmica: feita de um pouco de terra, de um pouco de cor e de fogo. Mas não é uma arte pobre, tanto mais sumptuosa à vista quanto mais simples é a sua matéria e o seu artifício. Mas é exactamente porque os materiais são pobres que mais requintado é o esplendor da cor e do vidrado. É quase uma vitória da riqueza da fantasia sobre a riqueza material.»
Que bom encontrar lugares assim !
Boas viagens!
Nenhum comentário:
Postar um comentário