quarta-feira, 5 de março de 2014

ARTE DOS POBRES, A CERÂMICA


Boa noite a todos

Nas nossas leituras somos como viajantes que encontram lugares inesperados que surpreendem e encantam. Há páginas assim nos textos sobre a azulejaria portuguesa, esse imenso território.
Há dias, na Biblioteca Municipal de Torres Vedras encontrei um lugar desses[1].  Trata-se de um pequeno catálogo de uma exposição de azulejos que percorreu várias cidades da Itália e de outros países da Europa, com uma introdução de G. C. Argan e outros; e um texto de Rafael Salinas Calado (o primeiro Director do Museu Nacional do Azulejo).

O que quero partilhar com os colegas é este excerto da Introdução de Giulio Carlo Argan, sobre a azulejaria:
«É uma arte dos pobres, a cerâmica: feita de um pouco de terra, de um pouco de cor e de fogo. Mas não é uma arte pobre, tanto mais sumptuosa à vista quanto mais simples é a sua matéria e o seu artifício. Mas é exactamente porque os materiais são pobres que mais requintado é o esplendor da cor e do vidrado. É quase uma vitória da riqueza da fantasia sobre a riqueza material.»
Que bom encontrar lugares assim !
Boas viagens!


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